Desenvolvimentos de Antifúngicos
​
Infecções causadas por fungos têm se tornado um grande problema de saúde pública e vêm crescendo em número e gravidade nas últimas três décadas. Dentre as infecções fúngicas invasivas, as mais freqüentemente observadas são causadas por Candida spp., seguidas por Cryptococcus spp. e Aspergillus spp. Atualmente, o arsenal terapêutico disponível para o tratamento dessas infecções fúngicas é extremamente limitado. Além disso, os efeitos tóxicos e a baixa biodisponibilidade dos fármacos associados ao aumento de cepas fúngicas com resistência à droga e ao alto custo do tratamento, apontam para a necessidade de busca de novas opções terapêuticas.
​
Dentro da grande temática de desenvolvimento de fármacos, inúmeras estratégias podem ser utilizadas para busca de novos agentes antifúngicos, sendo algumas: i) produtos naturais, ii) síntese de novas moléculas, iii) incorporação de antifúngicos em micro/nanopartículas poliméricas, iv) produção de nanopartículas metálicas, v) avaliação de fármacos com outra ação farmacológica para atividade antifúngica; vi) vacinas terapêuticas; vii) anticorpos; dentre outras.
​
Os produtos naturais (como as plantas medicinais) podem ser considerados excelentes celeiros de novas moléculas com atividade antifúngica. Além disso, existe atualmente uma forte tendência ao melhoramento da farmacodinâmica e da farmacocinética de moléculas antifúngicas por meio da tecnologia farmacêutica, como o encapsulamento de fármacos utilizando micro/nanopartículas poliméricas.
A intensa busca de novos alvos antifúngicos, moléculas e formulações, objetiva, principalmente, obter fármacos de maior atividade e o espectro de ação, menor efeitos colateriais e melhor farmacocinética.